Como mãe de uma criança, as dúvidas são constantes. As mães
de antigamente, "as nossas mães” pareciam não ter dúvidas na educação. A
minha mãe teve 3 filhas, e não me lembro de ver hesitação na forma como nos
educava. Parecia ser inato. Para mim, a mãe perfeita. Não era severa, antes
compreensiva, mas com regras. Como qualquer mãe e pai, os meus queriam o melhor
para nós. O meu pai era completamente “babado” pelas suas 3 miúdas. Não exigia,
não discutia , não gritava, era
tolerante mas respeitado. Nos meus 39 anos em vida com o meu pai…apenas um “não”
forte e decisivo para as 3 , numa algazarra constante à mesa. Devia ter uns 7,
8 anos. Bastava. Fazia-se respeitar. Da
minha mãe, havia e continua a haver um “deixa lá filha” quando as coisas se
tornavam mais “azedas” na nossa adolescência ingénua. A minha mãe ditava as
regras, cabia-nos cumprir. Assim o fizemos. Hoje partilhamos a cumplicidade entre
filhas e mãe. Filhas que são mães e a mãe que para além de mãe é também avó. Está sempre ali….há sempre “um deixa lá filha”.
Hesitações? Dúvidas? Se as teve não as percebemos. Hoje, mãe de 42 anos tenho
muitas! Muitas vezes me pergunto se estou a fazer o correto, por vezes erro
outras tenho a mais profunda certeza que tomei atitude certa. Outras, percebo
que errei e peço desculpa. A vida faz de avanços e retrocessos. De
aprendizagens. Na educação do meu filho, opto, escolho, exijo, imponho as
regras, cedo, erro, acerto…talvez. O futuro o dirá. Mas uma coisa tenho a
certeza, tento…tento. Haverá espaço para exigir, para ditar as regras. Haverá
espaço para que o meu filho exija também e que eu “mãe” cumpra com o que me é exigido. Porque
ser mãe também é isto. E haverá espaço para um “deixa lá filho”.
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